A batalha jurídica das eleições de 2012 à Prefeitura de Mossoró teve a resposta contundente nas eleições do último domingo, 5. A derrota flagrante de duas alas da tradicional família Rosado, com a não eleição de Fafá/Leonardo/Sandra/Larissa, tem muito a ver com o processo judicializado, que não respeitou o resultado das urnas naquele ano.
No intervalo de dois anos, entre 2012 e 2014, a cidade virou de ponta-cabeça, com a insegurança político-administrativa, que afetou a vida das pessoas, mas principalmente tornou frágil esse segmento da política local.
Os dois grupos Rosados se engalfinharam, armados de bons advogados, para eliminar um ao outro, não percebendo que estavam deixando a via livre para outros grupos passarem livremente. E foi nessa via que a Prefeitura recebeu novo inquilino.
Os Rosados perderam o controle do poder municipal que comandavam havia mais de cinco décadas e, por consequência, tornaram-se frágeis política e eleitoralmente.
O primeiro recado já havia sido dado, via Justiça, quando a governadora Rosalba Ciarlini teve os direitos políticos suspensos por consequência dessa briga insana. Ela foi arrolada em processo eleitoral (sem nenhuma culpa, reconheça-se) que tinha por objetivo, à primeira vista, tirar o mandato da prefeita Cláudia Regina. Os poderosos da política estadual aproveitaram o momento para tentar aniquilar a governadora, maior expressão eleitoral de Mossoró, tendo conseguido parcialmente.
Na mesma arenga, a deputada Larissa Rosado também perdeu os direitos políticos, tendo sido preciso uma força-tarefa, que a deixou refém dos seus líderes em nível estadual, para ela ter direito a ser votada novamente.
Observe que os Rosados, de forma direta ou indiretamente, acabaram dependentes de Alves, Maias, Farias e da Justiça Eleitoral. E fazer política assim, torna-se quase impossível caminhar com sucesso.
Diante disso, o país de Mossoró ficou aberto para outros nomes dividirem o colégio eleitoral, que, embora denso, não é suficiente para acomodar tamanha divisão. Os votos daqui fugiram para fora.
Pior do que isso foi a resposta silenciosa do cidadão, que, decepcionado, optou pela abstenção ou voto nulo e branco, chegando próximo dos 50% do eleitorado.
Pois bem…
Essa é a resposta contundente que as urnas ofereceram. Daqui para frente, se a lição for assimilada, os Rosados poderão resgatar a sua força eleitoral, hoje resumida a Rosalba Ciarlini, ainda a maior eleitora desta cidade.
É preciso entender, definitivamente, que o perfil de povo libertário não permite a forma desrespeitosa com que foi tratado, entre 2012 e 2014
FONTE - CÉSAR SANTOS, JORNAL DE FATO - JORNALISMO DE VERDADE. FOTO EXTRAÍDA DO BLOG CAMPUS DA UERN DE PATU
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